RESUMO DE LITERATURA
TROVADORISMO E NOVELAS DE
CAVALARIA
Fatos históricos
Idade Média (séc. V a XV)
•
Fim do Império
Romano
•
Invasão dos
bárbaros vindos do norte da Europa)
•
Feudalismo, no
qual o direito de governar se concentrava somente nas mãos do senhor feudal, o
qual mantinha plenos poderes sobre todos os seus servos e vassalos que
trabalhavam em suas terras. Este senhor, também chamado de suserano, cedia a
posse de terras a um vassalo, que se comprometia a cultivá-las, repassando,
assim, parte da produção ao dono do feudo. Em troca dessa fidelidade e
trabalho, os servos contavam com a proteção militar e judicial, no caso de
possíveis ataques e invasões. A essa relação subordinada dava-se o nome de
vassalagem.
•
Poder da Igreja
•
Visão de mundo
baseada tão somente no teocentrismo, cuja ideologia afirmava que Deus era o
centro de todas as coisas. Assim, o homem mantinha-se totalmente crédulo e
religioso, cujos posicionamentos estavam sempre à mercê da vontade divina,
assim como todos os fenômenos naturais.
•
Na arquitetura,
toda a produção artística esteve voltada para a construção de igrejas,
mosteiros, abadias e catedrais, tanto na Alta Idade Média, na qual predominou o
estilo romântico, quanto na Baixa Idade Média, predominando o estilo gótico.
Características
das Cantigas
Produções
literárias feitas em galego-português, denominadas de cantigas.
Trovadores
Na lírica medieval, os trovadores eram os artistas de
origem nobre, que compunham e cantavam, com o acompanhamento de instrumentos
musicais, as cantigas (poesias cantadas). Estas cantigas eram manuscritas e
reunidas em livros, conhecidos como Cancioneiros. Temos conhecimento de apenas
três Cancioneiros. São eles: “Cancioneiro da Biblioteca”, “Cancioneiro da
Ajuda” e “Cancioneiro da Vaticana”.
Os trovadores de maior destaque na lírica galego-portuguesa são: Dom Duarte, Dom Dinis, Paio Soares de Taveirós, João Garcia de Guilhade, Aires Nunes e Meendinho.
No trovadorismo galego-português, as cantigas são divididas em: Satíricas (Cantigas de Maldizer e Cantigas de Escárnio) e Líricas (Cantigas de Amor e Cantigas de Amigo).
Cantigas de Maldizer: através delas, os trovadores faziam sátiras diretas, chegando muitas vezes a agressões verbais. Em algumas situações eram utilizados palavrões. O nome da pessoa satirizada podia aparecer explicitamente na cantiga ou não.
Cantigas de Escárnio: nestas cantigas o nome da pessoa satirizada não aparecia. As sátiras eram feitas de forma indireta, utilizando-se de duplos sentidos.
Cantigas de Amor: neste tipo de cantiga o trovador destaca todas as qualidades da mulher amada, colocando-se numa posição inferior (de vassalo) a ela. O tema mais comum é o amor não correspondido. As cantigas de amor reproduzem o sistema hierárquico na época do feudalismo, pois o trovador passa a ser o vassalo da amada (suserana) e espera receber um benefício em troca de seus “serviços” (as trovas, o amor dispensado, sofrimento pelo amor não correspondido).
Cantigas de Amigo: enquanto nas Cantigas de Amor o eu-lírico é um homem, nas de Amigo é uma mulher (embora os escritores fossem homens). A palavra amigo nestas cantigas tem o significado de namorado . O tema principal é a lamentação da mulher pela falta do amado.
Os trovadores de maior destaque na lírica galego-portuguesa são: Dom Duarte, Dom Dinis, Paio Soares de Taveirós, João Garcia de Guilhade, Aires Nunes e Meendinho.
No trovadorismo galego-português, as cantigas são divididas em: Satíricas (Cantigas de Maldizer e Cantigas de Escárnio) e Líricas (Cantigas de Amor e Cantigas de Amigo).
Cantigas de Maldizer: através delas, os trovadores faziam sátiras diretas, chegando muitas vezes a agressões verbais. Em algumas situações eram utilizados palavrões. O nome da pessoa satirizada podia aparecer explicitamente na cantiga ou não.
Cantigas de Escárnio: nestas cantigas o nome da pessoa satirizada não aparecia. As sátiras eram feitas de forma indireta, utilizando-se de duplos sentidos.
Cantigas de Amor: neste tipo de cantiga o trovador destaca todas as qualidades da mulher amada, colocando-se numa posição inferior (de vassalo) a ela. O tema mais comum é o amor não correspondido. As cantigas de amor reproduzem o sistema hierárquico na época do feudalismo, pois o trovador passa a ser o vassalo da amada (suserana) e espera receber um benefício em troca de seus “serviços” (as trovas, o amor dispensado, sofrimento pelo amor não correspondido).
Cantigas de Amigo: enquanto nas Cantigas de Amor o eu-lírico é um homem, nas de Amigo é uma mulher (embora os escritores fossem homens). A palavra amigo nestas cantigas tem o significado de namorado . O tema principal é a lamentação da mulher pela falta do amado.
Características
das Novelas
Por
definição, novelas de cavalaria são narrativas literárias em capítulos que
contam os grandes feitos de um herói, mesclados a emocionantes histórias de
amor. Nestas histórias de amor, ao contrário do que se relatava nas cantigas, o
herói não se contenta somente em ver e contemplar a amada, mas exige ser
correspondido e concretizar este amor. Aborda também o chamado “Amor Cortês”,
que retrata histórias de amor proibidas, nas quais o casal não tem final feliz
e é severamente punido pelo pecado cometido.
Dentre as novelas portuguesas
mais marcantes estão: “A demanda do Santo Graal” e “Amadis de Gaula”.
HUMANISMO
Fatos
Históricos
2ª
Época Medieval: século XV e XVI
O humanismo foi uma época de transição entre a Idade Média e o Renascimento.
O humanismo foi uma época de transição entre a Idade Média e o Renascimento.
Foi nessa época que surgiu uma
nova classe social: a burguesia.
Os burgueses não eram servos.
Eram mercadores e prestadores de serviços, como o ferreiro, o carpinteiro, que
moravam em cidades muradas.
Foram criadas novas leis e o
poder parou nas mãos daqueles que, apesar de não serem nobres, eram ricos.
O “status” econômico passou a ser
muito valorizado, muito mais do que o título de nobreza.
teocentrismo deu lugar ao antropocentrismo, ou
seja, o homem passou a ser o centro de tudo e não mais Deus.
Os artistas começaram a dar
mais valor às emoções humanas.
É bom ressaltar que todas
essas mudanças não ocorreram do dia para a noite.
HUMANISMO
= TEOCENTRISMO X ANTROPOCENTRISMO
Autores e Características
Fernão Lopes
Crônica
histórica
Fernão Lopes, (aproximadamente 1380-1460), considerado o introdutor da historiografia em Portugal, é o principal representante do gênero. Sua obra contém ironia e crítica à sociedade portuguesa.
Mesmo centralizando sua crônica nas ações da família real, Fernão Lopes também investigou as relações entre outras classes sociais e captou o sentimento coletivo da nação. Seu maior mérito foi conciliar pesquisa histórica e qualidade literária.
Fernão Lopes, (aproximadamente 1380-1460), considerado o introdutor da historiografia em Portugal, é o principal representante do gênero. Sua obra contém ironia e crítica à sociedade portuguesa.
Mesmo centralizando sua crônica nas ações da família real, Fernão Lopes também investigou as relações entre outras classes sociais e captou o sentimento coletivo da nação. Seu maior mérito foi conciliar pesquisa histórica e qualidade literária.
Teatro popular
Pai do teatro português, Gil Vicente (aproximadamente 1465-1536), também foi músico, ator e encenador. Sua obra trata de muitos temas, sempre com uma abordagem caracterizada pela transição entre a Idade Média e o Renascimento. Ou seja: do pensamento teocêntrico (marcado por elementos de religião, como céu e inferno) ao humanista (marcado pelo antropocentrismo e racionalismo).
CLACISSISMO
Pai do teatro português, Gil Vicente (aproximadamente 1465-1536), também foi músico, ator e encenador. Sua obra trata de muitos temas, sempre com uma abordagem caracterizada pela transição entre a Idade Média e o Renascimento. Ou seja: do pensamento teocêntrico (marcado por elementos de religião, como céu e inferno) ao humanista (marcado pelo antropocentrismo e racionalismo).
CLACISSISMO
Fatos
Históricos
Características do classicismo
renascentista:
Antropocentrismo
Presença de elementos da mitologia
Presença de elementos do cristianismo
Preciosismo vocabular
Obediência à versificação
Figuras (em especial de personificação)
Racionalismo (=objetividade)
Universalismo (=generalização)
Características do classicismo mais explicadas:
Presença de elementos da mitologia
Presença de elementos do cristianismo
Preciosismo vocabular
Obediência à versificação
Figuras (em especial de personificação)
Racionalismo (=objetividade)
Universalismo (=generalização)
Características do classicismo mais explicadas:
1- Imitação dos autores clássicos gregos e romanos da antiguidade: Homero, Virgílio, Ovídio, etc...
2-Uso da mitologia: Os deuses e as musas, inspiradoras dos clássicos gregos e latinos a parecem também nos clássicos renascentistas: Os Lusíadas: (Vênus) = a deusa do amor; Marte (o deus da guerra), protegemos portugueses em suas conquistas marítimas.
3- Predomínio da razão sobre os sentimentos: A linguagem clássica não é subjetiva nemimpregnada de sentimentalismos e de figuras, porque procura coar,através da razão, todas os dados fornecidos pela natureza e, desta forma expressou verdades universais.
4- Uso de uma linguagem sóbria, simples, sem excesso de figuras literárias.
5-Idealismo: O classicismo aborda os homens ideais, libertos de suas necessidades diárias, comuns. Os personagens centrais das epopeias (grandes poemas sobre grandes feitos e heroicos) nos são apresentados como seres superiores, verdadeiros semideuses, sem defeitos. Ex.: Vasco da Gama em os Lusíadas: é um ser dotado de virtudes extraordinárias,incapaz de cometer qualquer erro.
6- Amor Platônico: Os poetas clássicos revivem a ideia de Platão de que o amor deve ser sublime,elevado, espiritual, puro, não-físico.
7- Busca da universalidade e impessoalidade: A obra clássica torna-se a expressão de verdades universais, eternas e despreza o particular, o individual, aquilo que é relativo.
Luís de Camões (1525?-1580): poeta soldado
Escritor
de dados biográficos muito obscuros, Camões é o maior autor do período. Sabe-se
que, em 1547, embarcou como soldado para a África, onde, em combate, perdeu o
olho direito.
Em 1553, voltou a embarcar, dessa vez para as Índias, onde participou de várias expedições militares.
Em 1572, Camões publica Os Lusíadas, poema épico que celebrava os recentes feitos marítimos e guerreiros de Portugal.
A obra fez tanto sucesso que o escritor recebeu do rei D. Sebastião uma pensão anual – que mesmo assim não o livrou da extrema pobreza que vivia.
Camões morreu no dia 10 de junho de 1580.
Em 1553, voltou a embarcar, dessa vez para as Índias, onde participou de várias expedições militares.
Em 1572, Camões publica Os Lusíadas, poema épico que celebrava os recentes feitos marítimos e guerreiros de Portugal.
A obra fez tanto sucesso que o escritor recebeu do rei D. Sebastião uma pensão anual – que mesmo assim não o livrou da extrema pobreza que vivia.
Camões morreu no dia 10 de junho de 1580.
Lírica
(Poesia):
1- Poesia elaborada sobre uma
experiência pessoal múltipla.
2-Síntese entre a tradição literária portuguesa e as inovações introduzidas pelos ilalianizozntes do "dolce stil nuevo": redondilhas> inovações formais (decassílabo) Mote glosado > inovações temáticas (amor platônico e seus paradoxos)
2-Síntese entre a tradição literária portuguesa e as inovações introduzidas pelos ilalianizozntes do "dolce stil nuevo": redondilhas> inovações formais (decassílabo) Mote glosado > inovações temáticas (amor platônico e seus paradoxos)
3- Visão da natureza (idal
clássico que se caracteriza pela harmonia, ordem e racionalidade (a natureza é
um exemplo)).
4- Concepção do amor: (Platonismo: O verdadeiro amor, amor puro, está no mundo das ideias).
5- O desconcerto do mundo (a razão desvenda o mundo sem sentido e sofre).
4- Concepção do amor: (Platonismo: O verdadeiro amor, amor puro, está no mundo das ideias).
5- O desconcerto do mundo (a razão desvenda o mundo sem sentido e sofre).
Épico
(Poesia Narrativa)
Como tema para o seu poema
épico, Luís de Camões escolheu a história de Portugal, intenção explicitada no
título do poema: Os lusíadas.
O cerne da ação desenvolve-se
em torno da viagem de Vasco da Gama às Índias. A palavra “lusíada” é um
neologismo inventado por André de Resende para designar os portugueses como
descendentes de Luso (filho ou companheiro do deus Baco).
A Estrutura Os lusíadas
apresenta 1102 estrofes, todas em oitava-rima (esquema ABABABCC), organizadas
em dez cantos.
Divisão dos Cantos
1 parte:
Introdução: Estende-se pelas 18 estrofes do Canto I e subdivide-se em:
Proposição:é a apresentação do poema, com a identificação do tema e do herói(constituem as três primeiras estrofes do canto I).
Invocação: o poeta invoca as Tágides, ninfas do rio Tejo, pedindo a elas inspiração para fazer o poema.
Dedicatória: o poeta dedica o poema a D. Sebastião, rei de Portugal.
Introdução: Estende-se pelas 18 estrofes do Canto I e subdivide-se em:
Proposição:é a apresentação do poema, com a identificação do tema e do herói(constituem as três primeiras estrofes do canto I).
Invocação: o poeta invoca as Tágides, ninfas do rio Tejo, pedindo a elas inspiração para fazer o poema.
Dedicatória: o poeta dedica o poema a D. Sebastião, rei de Portugal.
2 parte: Narração
Na narração (da estrofe 19 do Canto I até a estrofe 144 do Canto X), o poeta relata a viagem propriamente dita dos portugueses ao Oriente.
Na narração (da estrofe 19 do Canto I até a estrofe 144 do Canto X), o poeta relata a viagem propriamente dita dos portugueses ao Oriente.
3 parte: Epílogo
É a conclusão do poema (estrofes 145 a 156 do Canto X), em que o poeta pede às musas que o inspiraram que calem a voz de sua lira, pois está desiludido com uma pátria que já não merece as glórias do seu canto.
É a conclusão do poema (estrofes 145 a 156 do Canto X), em que o poeta pede às musas que o inspiraram que calem a voz de sua lira, pois está desiludido com uma pátria que já não merece as glórias do seu canto.
O herói
Como o título indica, o herói desta epopeia é coletivo, os Lusíadas, ou os filhos de Luso, os portugueses.
Como o título indica, o herói desta epopeia é coletivo, os Lusíadas, ou os filhos de Luso, os portugueses.