quinta-feira, 4 de dezembro de 2014

PADRE ANTÔNIO VIEIRA (1608-1697)

PADRE ANTÔNIO VIEIRA (1608-1697)
SERMÃO DA SEXAGÉSIMA
Já que falo contra os estilos modernos, quero alegar por mim o estilo do mais antigo pregador que houve no Mundo. E qual foi ele? -- O mais antigo pregador que houve no Mundo foi o céu. Coeli enarrant gloriam Dei et opera manuum ejus annuntiat Firmamentum -- diz David. Suposto que o céu é pregador, deve de ter sermões e deve de ter palavras. Sim, tem, diz o mesmo David; tem palavras e tem sermões; e mais, muito bem ouvidos. Non sunt loquellae, nec sermones, quorum non audiantur voces eorum. E quais são estes sermões e estas palavras do céu? -- As palavras são as estrelas, os sermões são a composição, a ordem, a harmonia e o curso delas. Vede como diz o estilo de pregar do céu, com o estilo que Cristo ensinou na terra. Um e outro é semear; a terra semeada de trigo, o céu semeado de estrelas. O pregar há-de ser como quem semeia, e não como quem ladrilha ou azuleja. Ordenado, mas como as estrelas: Stellae manentes in ordine suo. Todas as estrelas estão por sua ordem; mas é ordem que faz influência, não é ordem que faça lavor. Não fez Deus o céu em xadrez de estrelas, como os pregadores fazem o sermão em xadrez de palavras. Se de uma parte há-de estar branco, da outra há-de estar negro; se de uma parte dizem luz, da outra hão-de dizer sombra; se de uma parte dizem desceu, da outra hão-de dizer subiu. Basta que não havemos de ver num sermão duas palavras em paz? Todas hão-de estar sempre em fronteira com o seu contrário? Aprendamos do céu o estilo da disposição, e também o das palavras. As estrelas são muito distintas e muito claras. Assim há-de ser o estilo da pregação; muito distinto e muito claro. E nem por isso temais que pareça o estilo baixo; as estrelas são muito distintas e muito claras, e altíssimas. O estilo pode ser muito claro e muito alto; tão claro que o entendam os que não sabem e tão alto que tenham muito que entender os que sabem. O rústico acha documentos nas estrelas para sua lavoura e o mareante para sua navegação e o matemático para as suas observações e para os seus juízos. De maneira que o rústico e o mareante, que não sabem ler nem escrever entendem as estrelas; e o matemático, que tem lido quantos escreveram, não alcança a entender quanto nelas há. Tal pode ser o sermão: -- estrelas que todos vêem, e muito poucos as medem.
Sim, Padre; porém esse estilo de pregar não é pregar culto. Mas fosse! Este desventurado estilo que hoje se usa, os que o querem honrar chamam-lhe culto, os que o condenam chamam-lhe escuro, mas ainda lhe fazem muita honra. O estilo culto não é escuro, é negro, e negro boçal e muito cerrado. E possível que somos portugueses e havemos de ouvir um pregador em português e não havemos de entender o que diz?!
Enfim, que havemos de pregar hoje aos peixes? Nunca pior auditório. Ao menos têm os peixes duas boas qualidades de ouvintes: ouvem e não falam. Uma só cousa pudera desconsolar ao pregador, que é serem gente os peixes que se não há-de converter. Mas esta dor é tão ordinária, que já pelo costume quase se não sente. Por esta causa mão falarei hoje em Céu nem Inferno; e assim será menos triste este sermão, do que os meus parecem aos homens, pelos encaminhar sempre à lembrança destes dois fins.

SERMÃO DO BOM LADRÃO

Suponho finalmente que os ladrões de que falo não são aqueles miseráveis, a quem a pobreza e vileza de sua fortuna condenou a este gênero de vida, porque a mesma sua miséria, ou escusa, ou alivia o seu pecado, como diz Salomão: Non grandis est culpa, cum quis furatus fuerit: furatur enim ut esurientem impleat animam. (10).O ladrão que furta para comer, não vai, nem leva ao inferno; os que não só vão, mas levam, de que eu trato, são outros ladrões, de maior calibre e de mais alta esfera, os quais debaixo do mesmo nome e do mesmo predicamento, distingue muito bem S. Basílio Magno: Non est intelligendum fures esse solum bursarum incisores, vel latrocinantes in balneis; sed et qui duces legionum statuti, vel qui commisso sibi regimine civitatum, aut gentium, hoc quidem furtim tollunt, hoc vero vi et publice exigunt: Não são só ladrões, diz o santo, os que cortam bolsas ou espreitam os que se vão banhar, para lhes colher a roupa: os ladrões que mais própria e dignamente merecem este título são aqueles a quem os reis encomendam os exércitos e legiões, ou o governo das províncias, ou a administração das cidades, os quais já com manha, já com força, roubam e despojam os povos. — Os outros ladrões roubam um homem: estes roubam cidades e reinos; os outros furtam debaixo do seu risco: estes sem temor, nem perigo; os outros, se furtam, são enforcados: estes furtam e enforcam. Diógenes, que tudo via com mais aguda vista que os outros homens, viu que uma grande tropa de varas e ministros de justiça levavam a enforcar uns ladrões, e começou a bradar: — Lá vão os ladrões grandes a enforcar os pequenos. — Ditosa Grécia, que tinha tal pregador! E mais ditosas as outras nações, se nelas não padecera a justiça as mesmas afrontas! Quantas vezes se viu Roma ir a enforcar um ladrão, por ter furtado um carneiro, e no mesmo dia ser levado em triunfo um cônsul, ou ditador, por ter roubado uma província. E quantos ladrões teriam enforcado estes mesmos ladrões triunfantes? De um, chamado Seronato, disse com discreta contraposição Sidônio Apolinar: Nou cessat simul furta, vel punire, vel facere: Seronato está sempre ocupado em duas coisas: em castigar furtos, e em os fazer. — Isto não era zelo de justiça, senão inveja. Queria tirar os ladrões do mundo, para roubar ele só.

sábado, 19 de julho de 2014

Quinhentismo

Pedro Álvares Cabral - Série "Construtores do Brasil" - TV Câmara

Pedro Macedo Camacho - Requiem Inês de Castro - V. Agnus Dei (Coimbra 20...

Dom Quixote

LivroClip 'Os Lusíadas', de Camões

Literatura Portuguesa - Renascimento (Classicismo)

Classicismo - Contexto Histórico

Literatura Portuguesa - Humanismo

Humanismo - Contexto Histórico

Trovadorismo - Aula 4 - Gênero Satírico

Trovadorismo - Aula 3 - Gênero Lírico

Trovadorismo - Aula 2 - Características

Trovadorismo - Aula 1 - Contexto Histórico

segunda-feira, 16 de junho de 2014

RESUMO DE LITERATURA 1 ANO

RESUMO DE LITERATURA

TROVADORISMO E NOVELAS DE CAVALARIA

Fatos históricos

Idade Média (séc. V a XV)
                                      Fim do Império Romano
                     Invasão dos bárbaros vindos do norte da Europa)
                     Feudalismo, no qual o direito de governar se concentrava somente nas mãos do senhor feudal, o qual mantinha plenos poderes sobre todos os seus servos e vassalos que trabalhavam em suas terras. Este senhor, também chamado de suserano, cedia a posse de terras a um vassalo, que se comprometia a cultivá-las, repassando, assim, parte da produção ao dono do feudo. Em troca dessa fidelidade e trabalho, os servos contavam com a proteção militar e judicial, no caso de possíveis ataques e invasões. A essa relação subordinada dava-se o nome de vassalagem.
                     Poder da Igreja
                     Visão de mundo baseada tão somente no teocentrismo, cuja ideologia afirmava que Deus era o centro de todas as coisas. Assim, o homem mantinha-se totalmente crédulo e religioso, cujos posicionamentos estavam sempre à mercê da vontade divina, assim como todos os fenômenos naturais.
                     Na arquitetura, toda a produção artística esteve voltada para a construção de igrejas, mosteiros, abadias e catedrais, tanto na Alta Idade Média, na qual predominou o estilo romântico, quanto na Baixa Idade Média, predominando o estilo gótico.
Características das Cantigas

Produções literárias feitas em galego-português, denominadas de cantigas.
Trovadores 
Na lírica medieval, os trovadores eram os artistas de origem nobre, que compunham e cantavam, com o acompanhamento de instrumentos musicais, as cantigas (poesias cantadas). Estas cantigas eram manuscritas e reunidas em livros, conhecidos como Cancioneiros. Temos conhecimento de apenas três Cancioneiros. São eles: “Cancioneiro da Biblioteca”, “Cancioneiro da Ajuda” e “Cancioneiro da Vaticana”.

Os trovadores de maior destaque na lírica galego-portuguesa são: Dom Duarte, Dom Dinis, Paio Soares de Taveirós, João Garcia de Guilhade, Aires Nunes e Meendinho.

No trovadorismo galego-português, as cantigas são divididas em: Satíricas (Cantigas de Maldizer e Cantigas de Escárnio) e Líricas (Cantigas de Amor e Cantigas de Amigo).

Cantigas de Maldizer: através delas, os trovadores faziam sátiras diretas, chegando muitas vezes a agressões verbais. Em algumas situações eram utilizados palavrões. O nome da pessoa satirizada podia aparecer explicitamente na cantiga ou não.

Cantigas de Escárnio: nestas cantigas o nome da pessoa satirizada não aparecia. As sátiras eram feitas de forma indireta, utilizando-se de duplos sentidos.

Cantigas de Amor: neste tipo de cantiga o trovador destaca todas as qualidades da mulher amada, colocando-se numa posição inferior (de vassalo) a ela. O tema mais comum é o amor não correspondido. As cantigas de amor reproduzem o sistema hierárquico na época do
feudalismo, pois o trovador passa a ser o vassalo da amada (suserana) e espera receber um benefício em troca de seus “serviços” (as trovas, o amor dispensado, sofrimento pelo amor não correspondido).

Cantigas de Amigo: enquanto nas Cantigas de Amor o eu-lírico é um homem, nas de Amigo é uma mulher (embora os escritores fossem homens). A palavra amigo nestas cantigas tem o significado de
namorado . O tema principal é a lamentação da mulher pela falta do amado. 

Características das Novelas

Por definição, novelas de cavalaria são narrativas literárias em capítulos que contam os grandes feitos de um herói, mesclados a emocionantes histórias de amor. Nestas histórias de amor, ao contrário do que se relatava nas cantigas, o herói não se contenta somente em ver e contemplar a amada, mas exige ser correspondido e concretizar este amor. Aborda também o chamado “Amor Cortês”, que retrata histórias de amor proibidas, nas quais o casal não tem final feliz e é severamente punido pelo pecado cometido.
Dentre as novelas portuguesas mais marcantes estão: “A demanda do Santo Graal” e “Amadis de Gaula”.

HUMANISMO

Fatos Históricos

2ª Época Medieval: século XV e XVI
O humanismo foi uma época de transição entre a Idade Média e o Renascimento.
Foi nessa época que surgiu uma nova classe social: a burguesia.
Os burgueses não eram servos. Eram mercadores e prestadores de serviços, como o ferreiro, o carpinteiro, que moravam em cidades muradas.
Regime feudal de servidão desapareceu.
Foram criadas novas leis e o poder parou nas mãos daqueles que, apesar de não serem nobres, eram ricos.
O “status” econômico passou a ser muito valorizado, muito mais do que o título de nobreza.
teocentrismo deu lugar ao antropocentrismo, ou seja, o homem passou a ser o centro de tudo e não mais Deus.
Os artistas começaram a dar mais valor às emoções humanas.
É bom ressaltar que todas essas mudanças não ocorreram do dia para a noite.
HUMANISMO = TEOCENTRISMO X ANTROPOCENTRISMO

Autores e Características

Fernão Lopes

Crônica histórica
Fernão Lopes, (aproximadamente 1380-1460), considerado o introdutor da historiografia em Portugal, é o principal representante do gênero. Sua obra contém ironia e crítica à sociedade portuguesa.

Mesmo centralizando sua crônica nas ações da família real, Fernão Lopes também investigou as relações entre outras classes sociais e captou o sentimento coletivo da nação. Seu maior mérito foi conciliar pesquisa histórica e qualidade literária.

Teatro popular
Pai do teatro português, Gil Vicente (aproximadamente 1465-1536), também foi músico, ator e encenador. Sua obra trata de muitos temas, sempre com uma abordagem caracterizada pela transição entre a Idade Média e o Renascimento. Ou seja: do pensamento teocêntrico (marcado por elementos de religião, como céu e inferno) ao humanista (marcado pelo antropocentrismo e racionalismo).

CLACISSISMO

Fatos Históricos


Características do classicismo renascentista:
Antropocentrismo
Presença de elementos da mitologia
Presença de elementos do cristianismo
Preciosismo vocabular
Obediência à versificação
Figuras (em especial de personificação)
Racionalismo (=objetividade)
Universalismo (=generalização)

Características do classicismo mais explicadas:

1- Imitação dos autores clássicos gregos e romanos da antiguidade: Homero, Virgílio, Ovídio, etc...
2-Uso da mitologia: Os deuses e as musas, inspiradoras dos clássicos gregos e latinos a parecem também nos clássicos renascentistas: Os Lusíadas: (Vênus) = a deusa do amor; Marte (o deus da guerra), protegemos portugueses em suas conquistas marítimas.
3- Predomínio da razão sobre os sentimentos: A linguagem clássica não é subjetiva nemimpregnada de sentimentalismos e de figuras, porque procura coar,através da razão, todas os dados fornecidos pela natureza e, desta forma expressou verdades universais.
4- Uso de uma linguagem sóbria, simples, sem excesso de figuras literárias.
5-Idealismo: O classicismo aborda os homens ideais, libertos de suas necessidades diárias, comuns. Os personagens centrais das epopeias (grandes poemas sobre grandes feitos e heroicos) nos são apresentados como seres superiores, verdadeiros semideuses, sem defeitos. Ex.: Vasco da Gama em os Lusíadas: é um ser dotado de virtudes extraordinárias,incapaz de cometer qualquer erro.
6- Amor Platônico: Os poetas clássicos revivem a ideia de Platão de que o amor deve ser sublime,elevado, espiritual, puro, não-físico.
7- Busca da universalidade e impessoalidade: A obra clássica torna-se a expressão de verdades universais, eternas e despreza o particular, o individual, aquilo que é relativo.

Luís de Camões (1525?-1580): poeta soldado

Escritor de dados biográficos muito obscuros, Camões é o maior autor do período. Sabe-se que, em 1547, embarcou como soldado para a África, onde, em combate, perdeu o olho direito.
Em 1553, voltou a embarcar, dessa vez para as Índias, onde participou de várias expedições militares.
Em 1572, Camões publica Os Lusíadas, poema épico que celebrava os recentes feitos marítimos e guerreiros de Portugal.
A obra fez tanto sucesso que o escritor recebeu do rei D. Sebastião uma pensão anual – que mesmo assim não o livrou da extrema pobreza que vivia.
Camões morreu no dia 10 de junho de 1580.
Lírica (Poesia):
1- Poesia elaborada sobre uma experiência pessoal múltipla.
2-Síntese entre a tradição literária portuguesa e as inovações introduzidas pelos ilalianizozntes do "dolce stil nuevo": redondilhas> inovações formais (decassílabo) Mote glosado > inovações temáticas (amor platônico e seus paradoxos)
3- Visão da natureza (idal clássico que se caracteriza pela harmonia, ordem e racionalidade (a natureza é um exemplo)).
4- Concepção do amor: (Platonismo: O verdadeiro amor, amor puro, está no mundo das ideias).
5- O desconcerto do mundo (a razão desvenda o mundo sem sentido e sofre).

Épico (Poesia Narrativa)

Como tema para o seu poema épico, Luís de Camões escolheu a história de Portugal, intenção explicitada no título do poema: Os lusíadas.
O cerne da ação desenvolve-se em torno da viagem de Vasco da Gama às Índias. A palavra “lusíada” é um neologismo inventado por André de Resende para designar os portugueses como descendentes de Luso (filho ou companheiro do deus Baco).
A Estrutura Os lusíadas apresenta 1102 estrofes, todas em oitava-rima (esquema ABABABCC), organizadas em dez cantos.
Divisão dos Cantos
1 parte:
Introdução: Estende-se pelas 18 estrofes do Canto I e subdivide-se em:
Proposição:é a apresentação do poema, com a identificação do tema e do herói(constituem as três primeiras estrofes do canto I).
Invocação: o poeta invoca as Tágides, ninfas do rio Tejo, pedindo a elas inspiração para fazer o poema.
Dedicatória: o poeta dedica o poema a D. Sebastião, rei de Portugal.
2 parte: Narração
Na narração (da estrofe 19 do Canto I até a estrofe 144 do Canto X), o poeta relata a viagem propriamente dita dos portugueses ao Oriente.
3 parte: Epílogo
É a conclusão do poema (estrofes 145 a 156 do Canto X), em que o poeta pede às musas que o inspiraram que calem a voz de sua lira, pois está desiludido com uma pátria que já não merece as glórias do seu canto.
O herói
Como o título indica, o herói desta epopeia é coletivo, os Lusíadas, ou os filhos de Luso, os portugueses.



domingo, 11 de maio de 2014

Novelas de Cavalaria

NOVELAS DE CAVALARIA


Links para saber mais:


Sugestões de Filmes:

Filmes sobre a Idade Média
 Joana D'arc   Ano: 1999
   Direção: Luc Besson
   Gênero: Biografia / guerra / histórico
   Temática: Guerras e revoluções
 O incrível exército de Brancaleone   Ano: 1966
   Direção: Mario Monicelli
   Gênero: Aventura / Comédia
   Temática: Guerras e Revoluções
 El Cid   Ano: 1961
   Direção: Anthonny Mann
   Gênero: drama / guerra
   Temática: Guerras, revolução e disputa pelo poder.
 Coração Valente   Ano:1995
   Direção: Mel Gibson
   Gênero: Guerra
   Temática: Revolução, conquista territorial, luta pela independência da Escócia
 Henrique V   Ano:1989
   Direção: Kenneth Brannagh
   Gênero: Ação / Drama / Guerra
   Temática: Monarcas, guerras medievais
 O leão no inverno   Ano: 1968
   Direção: Anthony harvey
   Gênero: drama
   Temática: disputa pelo poder
 O nome da rosa   Ano: 1986
   Direção: Jean-Jacques Annaud
   Gênero: Suspense / Drama
   Temática: religião, Igreja na Idade Média, vida dos monges
 A rainha Margot   Ano: 1994
   Direção: Patrice Chéreau
   Gênero: Biografia / Histórico / Drama / Romance
   Temática: conflitos religiosos na Idade Média
 Em nome de Deus   Ano: 1988
   Direção: Clive Donner
   Gênero: Drama / Romance / Histórico
   Temática: universidade medievais, religião na Idade Média
 Cruzada   Ano: 2005
   Direção: Ridley Scott
   Gênero: Guerra / Ação / Drama
   Temática: guerras religiosas entre cristão e muçulmanos na Idade Média
 Conquista Sangrenta   Ano: 1985
   Direção: Paul Verhoeven
   Gênero: Guerra / Aventura
   Temática: disputa territorial, guerra medievais
 Robin Hood: O Príncipe dos Ladrões   Ano: 1991
   Direção: Kevin Reynolds
   Gênero: Ação / Aventura / Romance
   Temática: lenda medieval, feudalismo
 Excalibur   Ano: 1981
   Direção: John Boorman
   Gênero: Drama / Aventura / Fantasia
   Temática: Lenda do Rei Arthur
 O sétimo selo   Ano: 1957
   Direção: Ingmar Bergman
   Gênero: Drama
   Temática: peste negra na Idade Média, cavalaria medieval, Cruzadas
 As brumas de Avalon   Ano: 2001
   Direção: Uli Edel
   Gênero: Drama / Fantasia
   Temática: Lenda do rei Arthur
 O feitiço de Áquila   Ano: 1985
   Direção: Richard Donner
   Gênero: Aventura / Romance / Drama
   Temática: lendas medievais, imaginário medieval






Contos de Enigma: Estudando Sherlock Holmes


quarta-feira, 26 de março de 2014

terça-feira, 11 de março de 2014

Classes de Palavras: Exercícios online


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Em forma de jogos ou teste, você pode aprender muito!!!
Acesse esses sites e divirtam-se (ao mesmo tempo, estude para aquela prova...)







Português On Line: http://www.graudez.com.br/portugues/classes%20de%20palavras1.htm

Jogos de Língua Portuguesa: http://guida.querido.net/jogos/index.html

Vídeo-Aula: Classes de Palavras


Música para aprender Classes de Palavras!


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LITERATURA BRASILEIRA - Quadro Cronológico

(Extraído de: http://www.passeiweb.com/na_ponta_lingua/sala_de_aula/portugues/literatura_brasileira/estilos_literarios/cronologia_quadro)

ESTILO LITERÁRIOCARACTERÍSTICAS GERAIS
ERA COLONIALQUINHENTISMO

Início: A Carta de Caminha

Contexto histórico:
Literatura documental, histórica, de caráter informativo.
A Carta de Caminha é o primeiro documento literário brasileiro. Carta descritiva com espírito ufanista e nativista. Foi parodiada de forma satírica por Oswald de Andrade, poeta modernista.
O Quinhentismo serviu de inspiração literária para alguns poetas e escritores do Romantismo e do Modernismo.
No Romantismo: Gonçalves DiasJosé de Alencar.
No Modernismo: Oswald de Andrade.

Destacaram-se:
Pero Vaz de Caminha - A Carta de Caminha
Pe. José de Anchieta - escreveu textos religiosos, um teatro religioso. Tinha devoção ao culto mariano. Recebeu influência da tradição medieval. Obs.:Não recebeu influência da poesia lírica de Camões (soneto).
Pe. Manuel da Nóbrega
BARROCO

Início: Prosopopeia - poema épico de Bento Teixeira

Contexto histórico:
Frequência das antíteses e paradoxos, fugacidade do tempo e incerteza da vida.
Características: rebuscamento, virtuosismo, ornamentação exagerada, jogo sutil de palavras e ideias, ousadia de metáforas e associações.
Cultismo ou Gongorismo: abuso de metáforas, hipérboles e antíteses. Obsessão pela linguagem culta, jogo de palavras.
Conceptismo (Quevedo): jogo de ideias, pesquisa e essência íntima.

Destacaram-se:
Gregório de Matos - apelidado de "A Boca do Inferno". Oscilou entre o sagrado e o profano. Poeta lírico, satírico, reflexivo, filosófico, sacro, encomiástico, obsceno. Não foi poeta épico.
- Bento Teixeira
Pe. Antonio Vieira - Expoente máximo da Literatura Brasileira e da Literatura Portuguesa, pois durante sua estada em Portugal aderiu a temas nacionais portugueses e durante a sua permanência no Brasil, aderiu a temas nacionais brasileiros. Era prosador e não poeta, e conceptista, pois atacou o cultismo. Escreveu sermões, entre eles o Sermão da Sexagésima.
ARCADISMO

Início: Publicação deObras Poéticas, de Cláudio Manuel da Costa, obra inicial do Arcadismo brasileiro.

Contexto histórico:
Pastoralismo, bucolismo. Ideal de vida simples, junto à natureza (locus amoenus).
Fugere urbem ("evitar a cidade", "fugir da civilização"). busca do equilíbrio e da naturalidade, no contato com a natureza.
Carpe diem ("aproveite o dia"). Consciência da fugacidade do tempo.
Simplicidade, clareza e equilíbrio. Emprego moderado de figuras de linguagem.
Natureza racional (é vista como um cenário, como uma fotografia, como um pano de fundo.
Pseudônimos.
Fingimento / Artificialismo

Destacaram-se:
Tomás Antonio Gonzaga - poeta maior do Arcadismo brasileiro com suas liras Marília de Dirceu. Pseudônimo como poeta lírico: Dirceu; pseudônimo como poeta satírico: Critilo (Cartas Chilenas). Autores épicos do Arcadismo brasileiro: 
Cláudio Manuel da Costa - Poeta lírico e épico. Seu pseudônimo é Glaudeste Satúrnio. Seus sonetos são de imitação Camoniana. Obra: Vila Rica.
Basílio da Gama - Obra: O Uraguai.
Santa Rita Durão - Obra: CaramuruObs.: O índio antes de José de Alencar aparece nos poemas épicos O Uraguai e Caramuru. Portanto, o Arcadismo preparou o Romantismo.
ERA NACIONALROMANTISMO

Início: publicação deSuspiros Poéticos, deGonçalves de Magalhães

Contexto histórico:
Predomínio da emoção, do sentimento (subjetivismo); evasão ou escapismo (fuga à realidade). Nacionalismo, religiosidade, ilogismo, idealização da mulher, amor platônico. Liberdade de criação e despreocupação com a forma; predomínio da metáfora.

1ª geração romântica: 1840/50 - indianista ou nacionalista. A temática era o índio, a pátria.
Destacou-se:Gonçalves Dias - Obras: Canção do Exílio e I Juca Pirama.

2ª geração romântica: 1850/60 - byroniana, mal-do-século, individualista ou ultra-romântica. A temática era a morte.
Destacou-se: 
Álvares de Azevedo - poeta da dúvida, tinha obsessão pela morte. Recebeu influência de Byron e Shakespeare. Oscila entre a realidade e a fantasia. Obra: Livro de contos Noite na taverna.

3ª geração romântica: 1860/70 - condoreira, social ou hugoana. A temática é a abolição e a república.
Destacaram-se:
Poesia:
Castro Alves - poeta representante da burguesia liberal. Obras: Espumas FlutuantesO Navio NegreiroVozes d'África.
Prosa:
José de Alencar (representante maior) - defensor do "falar brasileiro" / dá forma ao herói / amalgamando a sua vida à natureza.
Joaquim Manuel de Macedo - Obra: A Moreninha.
Bernardo Guimarães - Obra: A escrava Isaura.
Manuel Antônio de Almeida - Obra: Memórias de um sargento de milícias.

Modalidades do Romantismo: Romance de folhetim - Teixeira e SousaO filho do pescador.
Romance urbano - Joaquim Manuel de MacedoA Moreninha.
Romance regionalista: Bernardo GuimarãesO ermitão de Muquém.
Romance indianista e histórico - José de AlencarO Guarani.

Obs.: O Romantismo está para o Modernismo.
REALISMO / NATURALISMO

REALISMO

Início: Memórias Póstumas de Brás Cubas, de Machado de Assis, publicado em 1881.

NATURALISMO

Início: O Mulato, de Aluísio Azevedo

Contexto histórico:
REALISMO
Literatura de combate social, crítica à burguesia, ao adultério e ao clero.
Análise psicológica dos personagens.
Objetividade, temas contemporâneos.
Destacou-se:Machado de Assis - trilogia: Memórias Póstumas de Brás Cubas (narrado em 1ª pessoa); Quincas Borba ("ao vencedor as batatas"); Dom Casmurro(narrado em 1ª pessoa - enigma de traição)

NATURALISMO
Desdobramento do Realismo.
Escritores naturalistas retratam pessoas marginalizadas pela sociedade.
O Naturalismo é fruto da experiência.
Análise biológica e patológica das personagens.
Determinismo acentuado.
As personagens são compradas aos animais (zoomorfismo).

Destacaram-se:
Aluísio Azevedo - Obras: O MulatoO Cortiço (romance social, personagem principal do romance é o próprio cortiço).
Raul Pompeia - Obra: O Ateneu.
PARNASIANISMO

Início: Fanfarras, deTeófilo Dias

Contexto histórico:
  • Contemporâneo do Realismo - Naturalismo
Estilo especificamente poético, desenvolveu-se junto com o Realismo - Naturalismo.
A maior preocupação dos poetas parnasianos é com o fazer poético.
Arte pela arte.
Poesia descritiva sem conteúdo; vocabulário nobre; objetividade.
Os poetas parnasianos são considerados "os mestres do passado". Por suas manias de precisão foram criticados severamente pelos poetas do 1º Tempo Modernista.

Destacou-se:
Olavo Bilac (poeta representante) - Profissão de Fé.
SIMBOLISMO

Início: Missal e Broquéis, de Cruz e Souza

Contexto histórico:
Origem: a poesia de Baudelaire.
Características: desmistificação da poesia, sinestesia, musicalidade, preferência pela cor branca, sensualismo, dor e revolta.

Destacou-se:Cruz e Souza (poeta representante) - Obra: Missal e Broquéis.
PRÉ-MODERNISMO

Início: Os Sertões,Euclides da Cunha;Canaã, Graça Aranha

Contexto histórico:
Convivem juntas duas tendências:

1. Conservadora: sobrevivência da mentalidade positivista, agnóstica e liberal.

Destacou-se:Euclides da Cunha - Obra: Os Sertões (miséria e subdesenvolvimento nordestino).

2. Renovadora: incorporação de aspectos da realidade brasileira.

Destacaram-se:
Lima BarretoTriste Fim de Policarpo Quaresma (a vida urbana e as transformações de início de século).
Monteiro Lobato - livro de contos Urupês (a miséria do caboclo, a decadência da cultura cafeeira). Obs.: Foi Monteiro Lobato quem criticou a exposição da pintora Anita Malfatti, chamando-a de "Paranóia ou Mistificação".
- Graça Aranha, Canaã (imigração além do Espírito Santo).

Poeta representante: Augusto dos Anjos - Obra: Eu e outras poesias.
MODERNISMO
PRIMEIRA FASE


Início: Semana de Arte Moderna

Contexto histórico:
Poesia nacionalista.
Espírito irreverente, polêmico e destruidor, movimento contra.
Anarquismo, luta contra o tradicionalismo; paródia, humor.
Liberdade de estética. Verso livre sem uso da métrica. Linguagem coloquial.

Destacaram-se:
Mário de Andrade - Obra: Pauliceia desvairada (Prefácio Interessantíssimo)
Oswald de Andrade - Obra: Manifesto antropofágico / Pau-Brasil
Manuel Bandeira - Obra: Libertinagem
MODERNISMO
SEGUNDA FASE


Contexto histórico:

Destaca-se a prosa regionalista nordestina (prosa neo-realista e neo-naturalista).

Representantes:
Graciliano Ramos - representante maior, criador do romance psicológico nordestino - Obras: Vidas SecasSão Bernardo.
Jorge Amado - Obras: Mar MortoCapitães da Areia.
José Lins do Rego - Obras: Menino de EngenhoFogo Morto.
Rachel de Queiroz - Obra: O Quinze.
José Américo de Almeida - Obra: A Bagaceira

Poesia 30/45 - ruma para o universal.
Carlos Drummond de Andrade faz poesia de tensão ideológica.

Fase de Drummond:
- Eu maior que o mundo - poema, humor, piada.
- Eu menor que o mundo - poesia de ação.
- Eu igual ao mundo - poesia metafísica.

Poetas espiritualistas:
Cecília Meireles - herdeira do Simbolismo.
Jorge de Lima - Invenção de Orpheu.
Vinícius de Moraes - Soneto da Fidelidade.
MODERNISMO
TERCEIRA FASE


Contexto histórico:

Continua predominando a prosa.

Representantes:
Guimarães Rosa - Neologismo - Obra: Sagarana.
Clarice Lispector - Introspectiva - Obra: Laços de Família, onde a autora procura retratar o cotidiano monótono e sufocante da família burguesa brasileira.
Obs.: Os escritores acima procuram universalizar o romance nacional. São considerados pela crítica literária, escritores instrumentalistas.

Poesia concreta:
João Cabral de Melo Neto - poeta de poucas palavras. Obra de maior relevância literária: Morte e Vida Severina. Tem intertextualidade com o teatro Vicentino.

quarta-feira, 19 de fevereiro de 2014

LIVRO: EU SOU MALALA


Discurso de Malala na ONU





Repórter Brasileira comentando sobre Malala


Menina Baleada pelo Talibã